“Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim.” (Chico Xavier)
A escola é vista como um lugar capaz de educar, transmitindo normas e valores aos seus educandos, mas também tem a responsabilidade de contribuir no crescimento social e pessoal dos alunos, bem como na formação de cidadãos reflexivos e responsáveis.
Atualmente há uma forte preocupação no que diz respeito às questões ambientais e um grande desafio trazido com a crise ambiental é pensar em ações educativas para formar indivíduos capazes de (re) pensar sua relação com a sociedade e o meio ambiente, garantindo assim, qualidade de vida e condições de sobrevivência na Terra para a atual e futuras gerações.
No entanto, só faz sentido abordá-lo se houver a intenção de se criar a consciência de sua conservação em toda a comunidade escolar, numa proposta de educação que venha despertar desde as séries iniciais até as mais avançadas.
Trabalhar com projetos de aprendizagem abre na sala de aula um espaço para se desenvolver discussões mais amplas, pesquisas e experiências concretas, que podem chegar a uma mostra científico-cultural, favorecendo o aprendizado, dando a oportunidades de deixar a população ciente dos problemas e necessidades do mundo, de forma geral. Além disso, permite o intercâmbio entre as diferentes disciplinas que o estudante cursa.
Muito se tem falado de conservação do meio ambiente, mas não se criou ainda a consciência de que o planeta precisa urgentemente dos nossos cuidados.
As decisões acerca dos problemas estão caminhando de forma burocrática, ficando somente no papel, sem tomadas de decisões mais sérias, tanto por parte da população como por parte dos governantes.
Aí, entra a importância da escola, que além das maneiras formais de prática educativa, também está capacitada para formar forças eficazes de influenciar o comportamento das pessoas que estão à nossa volta. Afinal, se a escola pretende estar em consonância com as demandas atuais da sociedade, é necessário que trate de questões que interferem na vida diária dos alunos, contribuindo para a formação do cidadão participativo, plenamente reconhecido e consciente de seu papel na sociedade.
Portanto, se quisermos que as crianças e os jovens de hoje sejam os protetores desse meio ambiente de tal forma que nossos filhos e netos possam relacionar-se com ele como parte implícita dele, devemos arregaçar as mangas já e fazer tudo aquilo que for possível para sensibilizá-los, através de um processo contínuo de Educação Ambiental.
Para finalizar, para uma implementação efetiva da Educação Ambiental nos Projetos impostos por pequenos grupos ou atividades isoladas, gerenciadas por apenas alguns indivíduos da comunidade escolar – como um projeto de coleta seletiva no qual a única participação dos discentes seja jogar o lixo em latões separados, envolvendo apenas um professor coordenador – não são capazes de produzir a mudança de mentalidade necessária para que a atitude de reduzir o consumo, reutilizar e reciclar resíduos sólidos se estabeleça e transcenda para além do ambiente escolar. È necessário buscar alternativas que promovam uma contínua reflexão que culmine na mudança de mentalidade; apenas dessa forma, conseguiremos implementar, em nossas escolas, a verdadeira Educação Ambiental, com atividades e projetos não meramente ilustrativos, mas fruto da ânsia de toda a comunidade escolar.
Matéria enviada por: Maria Delfina – Professora da Rede Educação do Rio de Janeiro, graduada em Comunicações e Bacharel em Direito
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