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AMIANTO: ETERNIT É PROIBIDA DE ESCOAR PRODUÇAO NO RJ

A Eternit é proibida de escoar sua produção de telhas com amianto no Rio de Janeiro, devido a fiscalização realizada hoje pela Coordenadoria de Combate aos Crimes Ambientais, da Secretaria de Estado do Ambiente (Cicca/SEA). Segundo a secretaria, a fábrica de materiais de construção Eternit, em Guadalupe, na Zona Norte do Rio, foi multada e teve cerca de 3000 toneladas de telhas com amianto apreendidas. O valor da multa pode chegar a R$ 1 milhão. A empresa de fibrocimento estava funcionando em desacordo com a lei estadual 3579/01, que determina que qualquer produto produzido à base de amianto deve ter anotações visíveis, em alto ou baixo relevo, relacionadas às suas características, incluindo a palavra "asbesto" e "amianto", bem como as expressões "evite criar poeira" e "risco de câncer e doença pulmonar se inalado”.

A operação foi realizada com o apoio de fiscais do Inea (Instituto Estadual do Ambiente) e de policiais da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) e do Batalhão Florestal. O amianto já foi banido em 48 países. Segundo a secretaria, enquanto isso não ocorre no Brasil, a saída é esclarecer a população que amianto pode matar. A expectativa de vida de uma pessoa que desenvolve câncer pulmonar devido ao amianto é de no máximo um ano, de acordo com o secretário Carlos Minc.

O asbesto – uma fibra mineral conhecida como amianto – é um dos materiais básicos utilizados pela Eternit na produção de suas telhas. Ao ser inalado – tanto no processo produtivo quanto no manuseio do produto, ao se furar ou cerrar uma telha, por exemplo –, o amianto é extremamente perigoso à saúde. Segundo Minc, o material pode ser substituído por outras fibras minerais, vegetais e sintéticas, como mica, cisal e polietileno, respectivamente.

A empresa está proibida de retirar de sua fábrica as cerca de 3.000 toneladas de telhas com amianto. Além disso, terá que se adequar à Lei 3579/01, passando a produzir suas telhas com os dizeres determinados por esta legislação. O Condir (Conselho Diretor do Inea) decidirá nos próximos dias o valor da multa aplicada.

Fonte: G1