A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, entrega nesta quarta-feira (23/11), às 19h30, a comenda de menção honrosa do Prêmio Chico Mendes de Meio Ambiente - edição especial 2011 - a 10 instituições e pessoas cujos trabalhos se destacaram na proteção das florestas em todos os biomas brasileiros. Esta edição é dedicada ao Ano Internacional das Florestas, instituído pelas Nações Unidas. O Prêmio Chico Mendes foi criado em 2002 com o objetivo de valorizar e incentivar iniciativas de proteção ao meio ambiente que contribuam para a promoção do desenvolvimento sustentável. Nas nove edições competitivas, de 2002 a 2010, foram registradas 663 inscrições de todos os biomas brasileiros. No ano passado, trabalhos em seis categorias distribuíram R$ 140 mil em premiação. Liderança individual; Organização da Sociedade Civil; Negócios Sustentáveis; Educação Ambiental; Saúde e Meio Ambiente; e Município concorreram aos prêmios.
A festa acontece no Centro Comunitário da Universidade de Brasília seguida de show do cantor e compositor mineiro Lô Borges. O Prêmio Chico Mendes é patrocinado pela Natura e recebe apoio da GIZ (Cooperação Alemã).
Chico Mendes - O seringueiro e líder sindical Francisco Alves Mendes Filho, conhecido como Chico Mendes, foi um dos mais influentes ativistas ambientais da Amazônia. Seu trabalho em favor da preservação das florestas recebeu reconhecimento internacional. Assassinado no Acre em 1988, em um crime encomendado por fazendeiros, Chico Mendes se tornou um símbolo da luta ambiental. HOMENAGEADOS Instituições: 1. CNBB: Pela Campanha da "Fraternidade e a Vida no Planeta, que apresenta uma reflexão ampla sobre o aquecimento global e as mudanças climáticas e incentiva hábitos sustentáveis como a coleta seletiva de lixo, a redução do desperdício da água e a utilização da energia solar. 2. Pacto pela Restauração da Mata Atlântica: Pela mobilização de empresários e instituições públicas e privadas para a conservação da biodiversidade, geração de trabalho e renda na cadeia produtiva da restauração, manutenção, valoração e pagamento de serviços ambientais e adequação legal das atividades agropecuárias na Mata Atlântica. 3. Associação dos Municípios do Alto Vale do Itajaí (Amavi): Pela contribuição nas discussões sobre o Código Florestal no Congresso Nacional e pelo intenso trabalho de preservação na região do Vale do Itajaí, com a recuperação da mata nativa, a formação de corredores ecológicos e a preservação da biodiversidade.
4. Associação de Proprietários de Reservas Particulares de Mato Grosso do Sul (REPAMS): Pelo incentivo à criação de Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs), contribuindo, desta forma, para o crescimento em área e qualidade desta categoria de Unidade de Conservação em Mato Grosso do Sul e para a conservação dos recursos naturais.
5. Cooperativa Central do Cerrado: Pela valorização dos produtos do Cerrado e fortalecimento da cadeia produtiva do bioma Cerrado, estabelecendo uma ponte entre produtores comunitários e consumidores, oferecendo produtos como pequi, baru, farinha de jatobá, farinha de babaçu, buriti, mel, polpas de frutas e artesanatos produzidos a partir de coleta e processamento realizados por agricultores familiares e comunidades tradicionais no Cerrado. 6. Conselho Nacional das Populações Extrativistas da Amazônia (CNS): Por promover o desenvolvimento sustentável e valorizar a economia extrativista como atividade pessoal ou familiar: seringueiros, coletores de castanha, açaí, cupuaçu, quebradeiras de coco babaçu, balateiros integrantes de projetos agroflorestais, extratores de óleos e plantas medicinais, pescadores artesanais e todos os trabalhadores que exploram recursos naturais orientados pelo desenvolvimento sustentável. 7. Rede Bodega de Produtos Sustentáveis do Bioma Caatinga: Pela construção de uma estratégia permanente de valorização e comercialização dos produtos da sociobiodiversidade, divulgando e efetivando as potencialidades da caatinga e sua gente. Compõem esta Rede 30 Organizações Produtivas com aproximadamente 3.140 famílias associadas. 8. Fórum Amazônia Sustentável: Pela criação e manutenção de um espaço permanente de diálogo, cooperação e articulação de lideranças de diversos segmentos sociais para uma Amazônia mais justa e sustentável para todos. Por estabelecer um novo padrão de pensamento e de práticas que conduzem a uma nova forma de desenvolvimento social, econômico e ambiental na Amazônia. O Fórum está ampliando sua articulação para os demais países da bacia amazônica e acaba de promover agora em novembro em Belém um evento para discutir a Pan-Amazônia, aliando-se a outras organizações em países que, assim como o Brasil, compartilham o privilégio e a responsabilidade de abrigar a floresta amazônica.
9. Rede Amigos da Amazônia (RAA): Por ser um espaço de cooperação e construção de sinergias entre governos, empresas e sociedade civil que tem promovido o intercâmbio de experiências sobre ações e políticas de sustentabilidade na produção e no consumo de produtos florestais amazônicos, agregando valor aos produtos florestais, reduzindo assim a pressão sobre os recursos naturais.
10. Rede Ecovida de Agroecologia: Por propor a articulação entre agricultores, ecologistas e simpatizantes da produção, processamento, comercialização e consumo de alimentos a partir de princípios ecológicos e de solidariedade. Com a proposta de construção de alternativas ao modelo de agricultura convencional tem estimulado a agroecologia e o acesso amplo aos produtos de qualidade. A Rede Ecovida é composta por 26 núcleos regionais, abrangendo 170 municípios dos estados do RS, SC e PR e aproximadamente 3.000 famílias agricultoras organizadas em 300 grupos, associações e cooperativas, 30 ONGs, e 10 cooperativas de consumidores.
Personalidades: 11. Ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Gilson Langaro Dipp: Pelas consistentes decisões em combate à lavagem de dinheiro, por sua luta contra a corrupção e por contribuir com o enfrentamento da grilagem de terras na Amazônia, ao determinar o cancelamento de registros imobiliários e matrículas considerados irregulares no estado do Pará. 12. Procurador da República no Estado do Pará Daniel César Azeredo Avelino: Por sua ação em favor do combate ao desmatamento irregular na Amazônia, em especial no estado do Pará, que é o primeiro no ranking do desmatamento. Por meio de sua iniciativa junto ao Ministério Público Federal, os frigoríficos tiveram que assinar um TAC em que se comprometem a não adquirir gados provenientes de fornecedores que estiverem com sua produção irregular. Posteriormente, o governo do Estado, a Faepa e os municípios também passaram a aderir a esse TCA. Dos 143 municípios paraenses, 89 assinaram o acordo. E todos se comprometeram a criar um pacto municipal de redução do desmatamento e realização do CAR em mais de 80% do município. A redução do desmatamento nesse estado relaciona-se com essa medida importante. Todos os acordos são acompanhados de perto pelo MPF e pelo Ibama.
Fonte: www.meioambiente.gov.br
|