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Mudanças climáticas vitimam mais mulheres que homens, diz Pnuma

Estudo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente diz que mulheres, especialmente em países pobres, enfrentam riscos elevados de saúde e subsistência.
Um relatório das Nações Unidas sobre os efeitos da mudança climática, sobre os seres humanos, sugere que as mulheres são mais vulneráveis ao fenômeno que os homens. O levantamento “ Mulheres na Linha de Frente da Mudança Climática: Riscos e Esperanças de Gênero”, foi lançado, nesta terça-feira, na Conferência sobre Mudança Climática, COP 17, em Durban, na África do Sul.

O relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Pnuma, afirma que mulheres, que vivem em regiões montanhosas, em países pobres, enfrentam mais riscos de saúde e subsistência que em outras áreas. O Pnuma também cita o crime do tráfico humano como um dos riscos. Muitas pessoas fogem de suas casas por causa de efeitos extremos da mudança climática. E nessas situações, os casos de tráfico costumam aumentar em até 30%.

Especialistas, que participaram do relatório, recomendaram investimentos em economia verde, tecnologias limpas e mais ações de combate as emissões de CO2. Entre 1999 e 2008, mais de 1 bilhão de pessoas na Ásia sofreram com inundações. As mudanças climáticas também atingiram dezenas de milhões nas Américas e na África.

O relatório conclui que em áreas, onde a mão-de-obra feminina é maior, na África e na Ásia, o impacto de desastres naturais se amplia prejudicando rendimentos, alimentação e a saúde das mulheres. Na África, elas são responsáveis por 75% da produção de alimentos e na Ásia por 6%. A falta de medidas como salva-vidas e técnicas de primeiros-socorros fazem com as mulheres tenham mais chances de morrer durante desastres naturais que homens.

Fonte: Ecoagência