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MACACO GUARIBA: REINTEGRAÇÃO

Ibama realizará reintegração de grupo de macacos guaribas na natureza em Goiás
O Centro de Triagens de Animais Silvestres do Ibama em Goiás (Cetas/GO) realizará experimento pioneiro em Goiás, ou seja, a reintegração na natureza de um grupo social de macacos-guariba (Alouata caraya), em Aragoiânia/GO (Fazenda Cachoeirinha), às 09h, no sábado, dia 07 de janeiro de 2012.

O grupo social é formado por um macho e três fêmeas, e todos estes animais chegaram ao Cetas/GO em 2010/2011 vítimas de ferimentos causados por eletrochoques nas redes de alta tensão da região metropolitana de Goiânia.

Em decorrência dos ferimentos, foram operados, mas infelizmente tiverem algum dos membros amputados. O macho não possui uma das pernas; uma das fêmeas, uma mão; outra fêmea parte de uma perna, enquanto a última fêmea não teve sequelas, porém perdeu a mãe quando esta foi eletrocutada em um poste.
 

Acidentes com eletrochoques em animais silvestres, quase na totalidade, com primatas na região metropolitana de Goiânia sugerem que, com o crescimento da cidade e a expansão imobiliária, os animais que outrora permaneciam nas matas ciliares e manchas de floresta que circundavam a metrópole, foram deslocados.

Neste deslocamento em busca de novo hábitat, por terem comportamento arborícola, os primatas preferem utilizar o que mais se aproxima da imagem de uma árvore e seus galhos: a rede elétrica de Goiânia. Houve um aumento na frequência de primatas com este tipo de ferimento que chegam ao Cetas/GO nos últimos dois anos.

Apesar das deficiências dos animais, eles passaram por reabilitação, formação do grupo social e monitoramento pré-soltura. A equipe de biólogos e veterinários do Cetas/GO constatou após os testes que as funções de locomoção, captura de alimento, defesa de território e fuga de predadores não sofreu decréscimo significante que poderia impedir a sua reintegração à natureza.

Desta forma, foi idealizado este experimento pioneiro, no qual será utilizado o método de soltura branda. Após a soltura, os animais serão monitorados por uma equipe de biólogos e estudantes por 10 dias consecutivos e, depois, mensalmente, para estimar a área de vida pós-soltura do grupo, e o comportamento em vida livre.

Este monitoramento é uma das etapas mais importantes do projeto, pois serão coletados dados que concluirão pelo sucesso ou não do projeto. O objetivo é pelo estabelecimento do grupo social na área de soltura (apta a receber os animais) e a consequente reprodução dos indivíduos em vida livre.


Fonte: Ibama