O Governo do Estado apresentou nesta quarta-feira (1º), em Matinhos, um estudo sobre o surto de acidentes com águas-vivas registrado na orla paranaense neste verão. Conforme o parecer técnico, as águas-vivas foram trazidas por correntes marítimas, concentrando-se em grande número na costa, e sua dispersão acontecerá de forma natural, de acordo com o regime de novas correntes e ventos. Durante a coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira, também foi anunciada a criação de um grupo multidisciplinar permanente para acompanhar o fenômeno. Desde o início da temporada foram registrados 13.319 casos de lesões por contato com água-viva. A maior parte das ocorrências foi registrada nos municípios de Matinhos, Guaratuba e Pontal do Paraná. De acordo com os especialistas, o grande número de acidentes não indica aumento no número de águas-vivas, já que a presença deste tipo de animal marinho é permanente em toda a costa brasileira. O que houve foi uma concentração de águas-vivas nas praias, justamente num período em que é grande o número de pessoas no Litoral. O estudo foi realizado pelas secretarias de Meio Ambiente e da Saúde e pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP), em conjunto com o biólogo Antonio Carlos Marques, doutor em zoologia da Universidade de São Paulo (USP). Segundo o pesquisador, a movimentação de correntes marítimas trouxe uma grande população de águas-vivas para a costa paranaense. “A água-viva é um animal com capacidade nadatória limitada, que se movimenta pela ação das correntes. Neste caso, as correntes do leste empurraram e aglomeraram grande quantidade no litoral paranaense”, explicou. PREVENÇÃO – O Governo de Estado vai continuar, ao longo deste ano, o trabalho de monitoramento do número de casos nas praias e também de prevenção. Ações de orientação serão intensificadas no período do carnaval, com a distribuição de folders informativos nos pedágios e balneários. De acordo com a Secretaria da Saúde, não foram registrados casos graves de acidentes com as águas-vivas. “É muito importante que haja o tratamento correto no momento da lesão no mar. Deve-se fazer o uso do vinagre, e não de outras substâncias. E, no caso de pessoas alérgicas, que elas sejam levadas para serviços de saúde para receber atendimento mais adequado”, disse o superintendente de Vigilância em Saúde, Sezifredo Paz.
Fonte: Agência Estadual de Notícias
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