Você está em:
Notícias



Destruição de Carajás: cavernas e florestas ameaçadas pela mineração

Natureza exuberante repleta de árvores, rios e animais silvestres está ameaçada porque a extração mineral é feita à custa da integridade de todos esses recursos que como todos nós sabemos são de extrema importância.

Se você não conhece a história de Carajás, pelo menos já deve ter ouvido falar na região que tem sido palco de grandes polêmicas nos últimos anos. Tudo começou em 1967, quando um grupo de geólogos da United States Steel descobriu aquela que seria a melhor jazida de minério de ferro do planeta.

Localizada a 500 quilômetros ao sul de Belém, a 900 quilômetros do litoral norte em plena selva amazônica, ela é o paraíso das indústrias interessadas no minério mais usado pelo homem. Infelizmente toda essa riqueza despertou o interesse e a ganância de muita gente.

Como resultado hoje toda a natureza exuberante repleta de árvores, rios e animais silvestres está ameaçada. Isso porque a extração mineral é feita à custa da integridade de todos esses recursos que como todos nós sabemos são de extrema importância.

Carajás teria todo o seu ferro enviado para os Estados Unidos, até que a estatal Companhia Vale do Rio Doce sucedeu a multinacional americana, e fez com que os minérios fossem enviados para o Oriente. Enquanto os japoneses usufruíam de nossa hematita, Carajás ia perdendo sua beleza.

Em 2007 a Vale comemorou o primeiro bilhão de toneladas produzidas em Carajás. De lá para cá a produção só aumentou e a Vale busca a aprovação de uma nova área de mineração, ao sul das minas que estão em atividade há quase 40 anos. A região tem o melhor minério, mas também a paisagem mais deslumbrante e rara.

Representantes da empresa procuram dinamitar cavernas que até então estiverão intocadas pela mineração. Elas possuem registros históricos das primeiras civilizações que habitaram a Amazônia. É um patrimônio histórico imensurável ameaçado pelo homem.

Os riscos não param por aí. A vegetação, os rios e até mesmo a população terão suas vidas fatalmente afetadas caso a legislação brasileira continue compactuando com esse desastre.

Fonte: EcoAgência