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Investigação do IAP leva à prisão de seis pessoas

A Polícia Ambiental, com o apoio do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), prendeu na quinta-feira (16) seis pessoas pelos crimes de caça, pesca predatória e porte ilegal de armas em Terra Rica, no Oeste do Estado. A ação aconteceu após uma denúncia anônima, investigada pelo IAP.

Inicialmente, duas pessoas foram denunciadas. Com o decorrer da investigação, descobriu-se que outras também participavam dos crimes. “Para a prisão dos suspeitos e apreensão de material, precisamos do apoio do promotor de justiça, que emitiu os mandados, e da polícia ambiental, uma vez que não temos autoridade para prender ninguém”, explica o chefe regional do IAP em Paranavaí, Mauro Braga.

A caça é uma atividade controlada no País, sendo o jacaré e a capivara animais protegidos por lei. Quem for flagrado caçando sem a devida orientação dos órgãos competentes (IAP e Ibama) poderá responder por crime ambiental e arcar com o auto de infração, que pode chegar a R$ 50 por quilo de carne apreendida.

A pesca é restringida entre os dias 15 de dezembro e 29 de fevereiro. Neste período, chamado de piracema, só é possível a captura de peixes exóticos, que não são nativos da região. Em alguns rios do Estado, é permitido o uso de varas em barranco. Esta é a época de desova dos animais, sendo necessária a proibição da atividade para garantir a continuidade das espécies nativas.

Os suspeitos identificados pelo IAP pescavam sem critérios e de forma totalmente irregular. A multa pode chegar a R$ 700 por pescador, mais R$ 20 por quilo de peixe.

O presidente do instituto, Luiz Tarcísio Mossato Pinto, afirma que as ações contra o meio ambiente serão punidas exemplarmente pelo órgão. “Não devemos ser radicais, mas também não podemos permitir que aconteça esse tipo de covardia no Estado. Essa prática é antiga e hoje todo mundo sabe que a caça é proibida e a pesca tem restrições”, diz.

Além das prisões, foram lavrados quatro autos de infração somando o valor de R$ 22 mil, apreendidos 150 quilos de peixes, 20 quilos de carne de jacaré, couro de jacaré, 20 quilos de capivara e oito espingardas. Os acusados responderão criminalmente e administrativamente pelas atividades ilegais praticadas e podem permanecer presos de seis meses a seis anos.

Fonte: Agência Estadual de Notícias